quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Azeite Eugenio de Almeida

Eu já sabia há algum tempo a diferença de um azeite comum e um extra virgem importado, e sempre mantive a casa abastecida de algo como um Andorinha de R$ 13 ou melhor. Mas foi só depois que a gente participou de uma degustação de azeites (sim, no copinho, com direito a fase olfativa e gustativa) que descobri a diferença de um extra virgem comum e um extra virgem top de linha.

Compramos na hora duas garrafas de 500 ml do Eugenio Almeida (EA no rótulo), e ficamos apaixonados. Coincidiu com a época em que cortei laticínios e onde por isso troquei manteiga por azeite. Então era azeite EA no café-da-manhã e no jantar todo dia.

Hoje fomos à Santa Luzia comprar mais duas garrafas pra nós e uma para dar de presente para uns amigos (R$ 34). Agora, aqui sempre tem o extra virgem mais comum, para cozinhar. E o EA, para finalizar com qualidade.

Santa Luzia

Fomos à Casa Santa Luzia (Al. Lorena, 1.471 - Jardins) para comprar nosso azeite preferido, o Eugenio de Almeida, e levamos também o "kit" que já ficou tradicional quando passamos por lá: mozzarella (legítima!), tomatinhos, presunto tipo serrano Salamanca e pão batard de alecrim.

Não tinha a mozzarella que eu sempre compro (não consigo lembrar a marca), que é perfeita, e carésima, claro. Coisa de R$ 13 uma bolotona. Mas é incrível. Comprei outra, meio safada, mas quebrou o galho.

O presunto Salamanca é feito em Catanduva (SP). Provamos a primeira vez no Boa Mesa do ano passado, é muito gostoso. Vem fatiado bem fininho. E é carésimo também.

O tal pão bâtard (bastardo) é especial. É oval, pouco maior que um pão francês. O miolo é massudo, com aroma forte de azeite e alecrim. É especial.

Aí é só fatiar o pão, e montar as "tapas": umas de azeite, mozzarella, tomates e folhinhas de manjericão (da minha horta) e outras só como azeite e o "jamón". Hmmmm. Só faltaram uns goles de vinho, mas nenhum dos dois estava em condições.


Aproveitamos os ingredientes e fizemos um molho primavera (tomatinhos, mozzarella picada, manjericão, azeite e alho, sal e pimenta, tudo frio) para acompanhar spaghettini. Delícia, super leve pra dormir bem cedinho, que estamos precisando.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Taizan

Tentamos aproveitar o festival do Ano Novo Chinês no jantar de domingo, mas nossa opção - o Banri - fechava 20h30. Fomos então no Taizan (r. Galvão Bueno, 554 - Liberdade), nosso chinês confiável. Eles até estavam no festival, mas não com aqueles preços inacreditáveis dos outros restaurantes (veja a lista completa).

Fomos a pé, um passeio gostoso pelo bairro (sim, a gente mora a 20 minutos da Liberdade). O ambiente é cafona à primeira vista (espelhos, carpete vermelho), mas sofisticado considerando os padrões da região. Garçons tradicionais, muito atenciosos. Escolha sempre as mesas ao lado de um jardim de inverno gostosinho, com bambus.

Famintos, começamos devorando rolinhos primavera, que estavam bem feitos, mas depois julguei absolutamente desnecessários (de uns tempos pra cá, meu aparelho digestivo adquiriu uma inusitada sensibilidade a frituras). O prato principal foi na medida: frango chop suey, com bambu, pimentão, acelga, erviha torta e broccoli, acompanhado do obrigatório risotto chop suey (alguém me explica por que uma coisa com presunto, cebolinha e ovo tem o mesmo nome?).

O curioso foi o garçom voltar à mesa cinco minutos depois para informar que o prato acompanhava fígado e camarão. Eba! Bem, a Raca pediu o fígado separado, e eu também acabei achando que era um sabor que não combinava muito com o resto.

Pra encerrar, um chazinho verde, e flutuamos de volta pra casa.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Flores em calda

Eu quero! Acabei de ler na coluna Food Stuff, do NY Times: começaram a vender por lá hibiscos em calda da Austrália. Segundo eles, ótimos para acompanhar uma taça de champagne, kir ou cosmopolitan, ou também sobre panna cotta ou sorvetes.

Achei o site do doido que diz ter inventado o produto. Ele diz que estava testando o uso das flores em sobremesas, quando, numa festa em sua casa, uma delas acabou dentro da taça de champagne. "As garotas ficaram malucas!", diz o rapaz. Então tá... Flores na minha próxima taça de espumante!
Atenção, barmen: quem oferecer o drink primeiro por aqui vai se dar bem!

Mais detalhes aqui.

Quattrino e Vilosell 2005

O plano para evitar uma botecagem barra pesada depois do cinema foi pegar uma das boas garrafas da nossa "adega" e levar num restaurante bacana. A primeira opção era o La Tartine, mas eles simplesmente não trabalham com rolha. Absurdo! Protesto! Até porque a carta de vinhos deles não é nada demais: tem até o "fantastique" J.P.Chenet... Fala sério, tremenda decepção para um restaurante que gostamos tanto.

Escolhemos então o Gardênia (rolha a R$ 24), mas o Quattrino ganhou porque fechava mais tarde (1h30), e achei foi bom (detalhe: me falaram rolha a R$ 25 no telefone, o garçom queria cobrar R$ 30, mas aceitou a informação anterior).

O couvert decepcionou: um queijo sem graça, com vegetais crus, e uma torrada de alho bem simples. Aliás, o primeiro queijo veio com uma formiguinha. Ops! Pena que dispensamos a bruschetta...

Mas os pratos compensaram. A Mari mandou um risotto de aspargos frescos (aliás, nada como aspargos frescos, né? Pena que é tão caro), super bem feito. Eu amei meu fettucine com bacalhau, tomate e azeitonas. Pense numa bacalhoada sem batatas. Agora coloque ela como molho de um fettucine caseiro. E muito azeite por cima, sensacional. Sem parmesão, claro. Raca foi no básico paillard com fettucine, também muito bom.


Tudo acompanhado pelo delicioso catalão Vilosell 2005, o mais caro da minha compra na Vinci ano passado (R$ 70). A ocasião não permitiu maiores observações na degustação, mas posso dizer que é um vinho muito redondo, com aromas gostosos, que definitivamente vou comprar de novo.

A noite pediu mais uma garrafa, e fomos na opção certeira de um Alamos Malbec, a bom preço. Ainda tomei uma dura do garçom quando sugeri trocar as taças. "E você acha que ia servir na mesma?". Ponto para eles.

Comida saborosa, ambiente gostoso, papo bom, preços justos, tudo na medida, e sem pé na jaca. Isso sem falar na Oscar Freire, que está muito bonita depois da reforma. Uma boa noite de sábado, para repetir outras vezes.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Cordel

Finalmente, conferimos o Cordel. De saída, já achei bacana esquema bar, que abre para o almoço e vai direto até a noite. Ideal para dias ressaquentos como hoje, quando o almoço fica para depois das três.

O couvert de biju com um queijo cremoso que lembrava coalho começou bem os trabalhos. Infelizmente, não havia condições morais ou físicas de provar a capiroska de tangerina com gengibre, mas pareceu uma combinação excelente (interessante que, à noite, vi a mesma fórmula no cardápio do Exquisito).


Partimos para o arrumadinho recomendado pelo Josimar, e nossas barrigas famintas ficaram bem felizes. A apresentação já impressionou (como a de todos os pratos, aliás), e o prato estava bem bom. Vem com uma manteiga de garrafa cremosa e um vinagrete, parceiros ideais do feijão com carne seca e farofa.


No prato principal, fui de bobó. Estava correto, mas me arrependi. Primeiro porque minha imagem de bobó é de um caldeirão fumegante. Então me incomodou muito a apresentação com aqueles camarões espalhados no prato sobre o creme. Primeiro, porque esfriou tudo super rápido. Depois, porque parecia que o creme era um acessório, o que definitivamente não é. O arroz branco de acompanhamento só aumentou minha irritação!


Isso porque o prato da Raca, que se deu bem de continuar seguindo as indicações do Josimar, vinha com um arroz de coco delicioso (quero fazer em casa!). Era uma tilápia bem suculenta, com uma crosta de castanhas de caju e o tal arroz. Hmmmmm!


De sobremesa, mandei ver na cartola, talvez por inveja do almoço do Kats no Leite de Recife. Achei o queijo exagerado (e olha que eu amo esse queijo de manteiga!), "sufocando" a pobre da banana. Ok.

Aprovei o lugar, e quero voltar. Acho que vale uma ida à noite, num esquema "tomar umas com petiscos nordestinos", tem alguns bacanas no cardápio. Uma garçonete me disse que não está previsto fazer carne de sol aperitivo (eles servem normalmente num diabo de um rechaud, cheio de acompanhamentos, para duas pessoas), mas que pode ser estudado o pedido do cliente... E também fiquei doido para voltar num dia de sol para curtir o lounge do andar de cima. Vislumbrei uma tarde de capiroskas de tangerina e arrumadinhos aboletado num sofá bem confortável. Bora?

Cordel
R. Aspicuelta, 471 - Vila Madalena

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Comida na TV

Dois bons programas na TV nesta quinta-feira, 23: estréia a terceira temporada do Hell's Kitchen, no GNT, com o nervosinho Gordon Ramsay (só pra quem tem NET, mais detalhes aqui). Nunca consegui ver uma temporada na sequência, quem sabe agora. E o Discovery Travel & Living está passando a série Comidas Exóticas, em que Andrew Zimmern sai pelo mundo experimentando coisas estranhas (só pra quem tem TVA, mais detalhes aqui).´

Essa série chama-se Bizarre Foods nos EUA e no ano passado meu irmão trouxe um DVD com alguns episódios, é hilário. Ele comeu as coisas mais esquisitas numa viagem pela Ásia. Tem uma cena ótima: no Japão, ele vai a um restaurante onde se come todos os pedaços do frango em espetos. Uma hora ele pega um espetinho, faz uma cara de nojo e diz: "vocês não vão acreditar o que é isso: corações de frango". Poxa, nada de bizarro! Delicioso!

Aliás, olhando a grade desse Discovery Travel & Living, dá até vontade de assinar TVA. Muitos programas gastronômicos, inclusive o do Anthony Bourdain!

Programa de quinta:
19h - Comidas Exóticas - Discovery Travel & Living (TVA)
22h - Hell's Kitchen - GNT (NET)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Missoshiru com tofu

A caixinha deu um certo desespero. A única coisa que dava pra ler era o site, que me obrigou a instalar o plug-in de japonês só pra descobrir que o site era todo... em japonês mesmo. Dentro, piorou: em vez de quatro saquinhos, oito: quatro de um, quatro de outro. Um saco era uma gosminha, a pasta de soja provavelmente, e outro eram os ingredientes desidratados: cebolinha, algas e tofu. Sim, tofu seco.



Seguindo o bom senso, resolvi adiconar a quantidade padrão de 200 ml de água fervendo para ver no que dava. E deu certo. O tofu reconstituído é supreendente. O sabor em geral, muito bom. Aprovada a sopinha japa, bem mais legal que os pacotinhos sem graça de missô em pó nacionais. Agora, vai comprar de novo a mesminha...

Ah, colocamos bifum dentro e deu super certo.

Marukai

Domingo me enfiei no Marukai, um dos supermercados japas da rua Galvão Bueno (tem dois na mesma calçada, sempre confundo, mas dessa vez gravei, em nome do blog) decidido a sair de lá com uma sacola de novidades para experimentar. Diversão garantida:


Missôs diferentes – escolhidas pela foto na embalagem, claro. Tirando a etiqueta sem vergonha do importador, que no máximo dá uma pista dos ingredientes, o resto é tudo em japonês mesmo. Comprei uma versão com tofu (será possível?) e outra com verdurinhas. Esses japoneses...

Toddy Palm em calda – uma palmeira chamada toddy. How bizarre. Mas é preciso encarar essas coisas de vez em quando, especialmente quando estão em promoção. Direto da Tailândia.

Néctar de lichia – será que presta o suco desse fruta que eu amo? Esse é made in China.

Salmão teriaki em lata – não consegui entender se é salmão em lata para fazer teriaki ou se já vem com o molhinho. Depois eu conto. Aliás, quanta variedade de peixe em lata. A gente aqui acostumado com nossos atum e sardinha básicos...

Bifum –velho conhecido macarrão de arroz. Mais uma super dica da minha nutricionista. Recomendo: barato, molezinha de fazer (apenas 1 min.), e super saudável. Vai com um monte de coisas.

Shiro Missô – retomando a fase light, pasta de soja para fazer missoshiru em casa. Mas fui também inegavelmente atraído pelo... livro de receitas com missô (tem até pizza)! Eba!

domingo, 20 de janeiro de 2008

Petits Pains Grillés au froment

Resolvi dar uma conferida nos "produits Casino", que o Pão de Açúcar está trazendo da França, especialmente os da linha Bio (agriculture biologique -- quer dizer orgânico? não fica claro). Na prática, são os produtos de marca própria da mega rede de supermercados francesa Casino, dona de um pedaço do Pão de Açúcar. Mas como é francês, é chique e bacana. E parece que são mesmo.


Esses pãezinhos já são favoritos. Quem se lembra dos pãezinhos torrados que a Wickbold fazia? Minha mãe sempre comprava, mas pararam de fabricar. É a mesma coisa. Ideal para resolver rapidamente um café-da-manhã antes de sair atrasado pro selviço. Tem um gostinho de torrada Bauducco, só que em formato de mini pão francês. Com qualquer queijo ou pastinha por cima, é um petisco fácil e rápido pra receber os amigos.

Só uma dúvida: o que diacho é froment?

Ah, compramos também o Muesli Croustillant aux 4 fruits, que é bacana, mas nada sensacional. Tem granolas nacionais melhores.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Filé mignon com tomate, mozzarella e shiitake

É a segunda receita que testamos do excelente livro Cozinhando Para Amigos (Heloísa Bacellar, DBA). Foi a escolhida para o almoço familiar do sábado.



Primeiro, descobertas de quem só compra filé mignon na bandeja do supermercado. Por conta do ótimo preço (R$ 13,90/kg), decidimos comprar uma peça inteira no açougue do bairro. “Prepara a peça?” Responda que sim. Se for para assar, como nessa receita, diga que quer inteiro. Ou então peça em bifes. “E o cordão?” Quase disse “pode jogar fora”, mas depois entendi que é uma parte da carne, normalmente picada “para strogonoff”. Trouxe meu “cordão” inteiro para casa.

A receita é simples: fatias de shiitake, tomate e mozzarella e uma pasta de ervas se intercalam em espaços abertos na carne com uma faca afiada. Vai ao forno por uns 30 minutos, e pronto! Fica bem bonito, para impressionar. A carne ficou rosadinha, hmmm. E o filé de 2,2 kg (com cordão e tudo) deu e sobrou para quatro pessoas.


Esse livro é um barato, boa dica. Não só pelas receitas ótimas e fáceis, mas pela divisão bacana por ocasião: “dias quentes”, “piquenique”, “à beira mar”, “depois do cinema”, “um jantarzinho chique em uma hora”... não é o máximo? Esse filé estava no “Natal descontraído”. Corram porque está bem mais barato na Fnac, a R$ 96,50 (vale o preço: é um livro de capa dura, grandão, bonito, cheio de fotos). Em outras livrarias, sai por até R$ 145.

Filé mignon com shiitake, mozzarella e tomate com molho de pimenta verde

Observações: a receita é para uma refeição com 20 pessoas, então fiz algumas reduções, que aparentemente deram certo. E a tal pimenta verde virou alguns mini-goles de molho de pimenta mucuri (Companhia das Ervas).

  • Pré-aqueça o forno a 250º
  • Bata todos os ingredientes da pasta de ervas no processador
  • Unte com azeite uma forma que acomode bem a carne
  • Doure rapidamente a peça de filé mignon em uma frigideira grande bem quente, com um fio de azeite. Retire e coloque sobre uma tábua.
  • Coloque o shiitake numa tijela com sal, pimenta e duas colheres de sopa da pasta
  • Corte os tomates e as bolas de mozzarella em fatias
  • Com uma faca afiada, faça cortes profundos na carne, parando quando faltar 1 cm para chegar à base.
  • Em cada espaço, coloque: pasta de ervas, uma fatia de tomate, uma de mozzarella e um shiitake
  • Transfira a carne para a assadeira e regue com a xícara de vinho de branco
  • Asse por 30 minutos, até a carne ficar rosada por dentro
  • Retire da assadeira e deixe descansar em uma travessa por 15 minutos, coberta por papel alumínio.
Molho

  • Na frigideira da carne, aqueça o conhaque e mexa para soltar o fundo
  • Acrescente o caldo de carne e deixe reduzir pela metade.
  • Passe por uma peneira e transfira para uma panelinha.
  • Leve a assadeira ao fogo para desgrudar o fundo. Se estiver muito seco, acrescente um pouco de água
  • Passe o líquido da assadeira por uma peneira e jogue na panelinha
  • Acrescente o creme de leite, e deixe ferver por dois minutos.
  • Leve a carne à mesa com o molho em uma tigelinha, para os convidados se servirem.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Clipping BB - 17/01

Els Casals
Talvez o melhor do Paladar hoje seja o texto sobre o hotel-restaurante Els Casals, na Catalunha, a 80 km de Barcelona. Lá, o chef Oriol Rovira faz uma cozinha dedicada aos produtos do campo, produzidos ali mesmo, ou nas propriedades vizinhas. Ele acaba de ganhar uma estrela do Guide Michelin, e ainda se acostuma ao estrelato. Eu quero!!! Mais no Estadão.
Dêem uma fuçada no site do hotel, sensacional! http://www.hotelelscasals.com/

Saul Galvão degusta chilenos da uva Sauvignon Blanc. Boas dicas! Mais no Estadão.

E o mestre cervejeiro Garret Oliver, de Nova York, dá interessante entrevista a Roberto Fonseca. Ele elege a melhor cerveja brasileira: Eisenbahn (“melhores que muitas alemãs”, uau!). Não provei todas ainda pra dizer, mas acho o moço está o caminho certo. Ele desdenha da Stella Artois, diz que os belgas acham muito engraçado que ela seja considerada uma cerveja chique nos EUA. Vale pra nós também... Diz que o microcervejeiro hoje é equivalente a um chef, e recomenda às microcervejarias brasileiras: criem cervejas para harmonizar com pratos daqui. Íntegra aqui.

Acredite quem quiser: Paladar informa que o Kinoshita reabre esta semana, na Vila Nova Conceição. Depois de tantos adiamentos, só vendo. Mas já vou fazendo minha reserva para provar de novo as comidinhas “loucas” do Tsuyoshi Murakami, nossa melhor experiência japonesa até hoje. O cara é fera. Anote aí:R. Jacques Félix, 405, tel. 3849-6940

Limão
E o Paladar explora o... limão [bocejo]. Pérola: “atire a primeira fruta quem nunca deu sua espremidinha”. Quem quiser continuar. Mais no Estadão.

Dias Lopes conta a história do sorvete. Mais no Estadão.

Jean-Claude Vrinat
Estadão deu bastante espaço à morte do supostamente lendário restauranteur do Taillevent, de Paris, que eu nunca tinha ouvido falar (a Folha deu só uma notinha, no dia). Sorry. Mais no Estadão.

Legumes
Na Folha de hoje, como tornar legumes mais interessantes. Roberta Sudbrack nos ensina que a semente do quiabo é o nosso caviar, gente! E diz que esse ano vai pesquisar as possibilidades do maxixe. Oxe! Raphael Durant Despirite, do Marcel, diz que o novo cardápio, que chega em fevereiro, será focado em legumes. A ver... Mais na Folha.

Cordel
Josimar foi ao Cordel, leu meus pensamentos! Diz que a casa tem “atmosfera bem descontraída, quase de bar, sem toalhas (dispensáveis), mas com guardanapos de pano e cardápio de restaurante”. Diz que os pratos tradicionais chamam mais atenção que as invenções. Que tal mudar um pouco do circuito Filial-São Cristóvão e tomar umas com biju, agulhinhas fritas, carne de sol e macaxera? Delícia. Mais na Folha.

Bistrô da Sara
É o bom e barato dessa semana, velho conhecido nosso! Acho que o Josimar ta ficando sem idéia... Mas digo eu mesmo: acorde cedo num sabadão, visite a Pinacoteca (é grátis aos sábados), passeie no Jardim da Luz, dê uma scaneada nas vitrines da José Paulino e termine com o super buffet da Sara. Saladas bacanas e grelhados no ponto, a R$ 23,90. Excellent. Mais na Folha.

Vinhos: Rosés
Eba, essa semana é minha. Jorge Carrara fala dos rosados que amamos. Dica boa, a ver, o nacional Casa Perini Merlot/Cabernet Franc. Lembrete: provar também o catarinense Villa Francioni, li em algum lugar... E ele indica ainda um Malbec argentino a R$ 19,90, eba. Mais na Folha.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Nossa Senhora!

É quase obrigatório para almoço em dias de sol e (um pouco) mais tranqüilos, e também a opção mais bacaninha perto do selviço. O ótimo buffet sai por R$ 25, e tem um clima de boteco. Sempre prefiro as mesinhas na calçada, a não ser quando o calor está insuportável -- dentro tem ar condicionado. Levo alguma leitura, e desligo de tudo, na medida que o celular permita.

O prato quente é fixo por dia da semana, a salada é sempre a mesma. No meu prato vai: saladinha de pepino, ervilha torta, cenoura e chuchu, tomates cerejas, e sempre um pouco da berinjela assada com tomate e abobrinha, que fica perfeita em cima do pão. No buffet quente, todas as opções são legais, sempre um peixe, uma carne, um frango, uma massa. O penne oriental da terça é meu preferido, o picadinho também. A truta com molho de mostarda das quartas é ótima, mas às vezes pego a feijoada, que nem é nada demais, mas é meu ponto fraco. Sobremesas bem corretas.

Num dia bem light, dá pra mandar um chopp Brahma, super bem tirado. Tem um lounge gostoso com sofás, morro de inveja do pessoal que fica lá na boa, sorvendo caipirinhas em plena quinta-feira. Deve ser bom também para happy-hour, tem 30 opções petiscos, segundo a Veja SP.

Nossa Senhora!
R. Dom Armando Lombardi, 784 - Morumbi

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Braseiro da Gávea

O destaque do final de semana no Rio foi mesmo o sol, mais gostoso ainda considerando o aguaceiro que castigou São Paulo... No front gastronômico, revisitamos o excelente Braseiro da Gávea (Pça. Santos Dumont, 116), boteco animado, sempre abarrotado e que serve ótimas carnes. Na brasa, claro.

Fomos no tradicional: de entrada, a linguiça toscana fatiada, super no ponto e acompanhamento ideal para o chopp geladíssimo (embora sem o creme, mais sobre isso depois), enquanto enfrentamos sem choro quase uma hora de espera pela mesa. Depois, a campeã Picanha ao Braseiro, que chega com as sequinhas batatas fritas, arroz com brócolis e farofa de banana com ovo. O ponto da carne estava bem correto, mas chegou na mesa um pouco fria. Nada que comprometesse a experiência toda: um perfeito pós-praia de um domingo de sol.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Os meus naturebas

A Folha colocou os Naturebas badalados no Guia de hoje, mas eu destaco os meus preferidos:

Nutrissom
http://www.nutrisom.com.br/
Dos tempos de setorista do Agora São Paulo na Câmara Municipal guardei essa excelente dica para um almoço leve. Você sobe uma portinha quase em cima do viaduto Nove de Julho, do outro lado da rua do famoso bar Estadão, centrão de SP. No amplo salão, sempre a um preço bacana, você desfruta de um farto bufê de pratos frios e quentes. Muita salada (claro), frutas, e opções como lasanhas e pasteizinhos vegetarianos. Dependendo do prato que você montar, não fica muito light, porque usam bastante queijo. Mas é uma delícia... Acho que só abre dia de semana. Poderia ser o início daquele programa "passeio no centrão de folga", ver abaixo.

Gopala Prasada
R. Antonio Carlos, 413
Outro belíssimo achado, ao lado do Espaço Unibanco. Nos tempos que trabalhei por ali, era no mínimo três vezes por semana. Talvez a melhor relação custo-benefício da cidade. Por uns R$ 15, você manda uma saladinha e um prato bem servido de comidinhas ovolactovegetarianas, como eles dizem. Ou seja: sem carne, sem ovo, sem leite. Arroz integral, lentilha, legumes empanados, tudo muito bem temperado, muito saboroso. Até as sobremesas. Imperdível, mas acho que é também só dia de semana. E bomba tanto que eles abriram outro do lado.

Cachoeira Tropical
http://www.cachoeiratropical.com.br/
Mesmo esquemão do Nutrisom: lindo bufê de comidinhas naturebas. A diferença é que, sendo no Itaim, lota de lindas moças querendo manter a forma. Modelos mesmo. Me disseram que algumas agências ficam por ali...

Arroz de Ouro
Existe ainda? Era um macrobiótico no Largo do Arouche, que eu freqüentava na época da Folha. Tortinhas de legumes, arroz integral e saladinha. Muito simples, muito bom. E de sobremesa, uma coisa que só vi lá: gelatina de ágar-ágar. Eu juro: tem gosto de papinha de criança. E é bom! No fundo, tem (tinha) uma lojinha de produtos naturebas.

Clipping BB - 11/01 - Guias

Restaurantes

A gastronomia ganhou a capa do Guia da Folha dessa semana: restaurantes que trazem cardápios leves e saudáveis, com o gancho do verão. Quatro novidades: Frutaria São Paulo, Mistura Prima, Quitandinha e o Salad Creations, que emplaca mais uma, depois do Paladar. De todos, achei bacana mesmo a tal Frutaria, pela cara dos pratos e pela ambientação ao ar livre (vai para a listinha de “Lugares para comer em dias de sol”, a seguir). Aproveitaram para relembrar outras casas do mesmo estilo, mas pelo jeito, só as “bacaninhas”, porque ficaram de fora os ótimos Nutrisom (Centro), Cachoeira Tropical (Itaim) e Gopala Prasada (Bela Vista) – depois eu conto mais.

A Folha destaca ainda o novo menu especial do Brasil a Gosto, inspirado em mercados tradicionais. Os preços parecem bons, vamos?

Entre as novidades no roteiro, gostei do nordestino Cordel (r. Aspicuelta, 471), bem no coração da Vila Madalena. Deu vontade.... de voltar no Mocotó (av. N. Sra. do Loreto, 1.100 – Vila Medeiros), é o máximo!

SPFW: coluna do Josimar Melo aponta os óbvios destinos gastronômicos SPFW [bocejo] e a seção de Bares indica com um ícone especial “os lugares preferidos pelo povo da moda”. Ah, pra gente fugir deles, né? Veja a lista: Balcão, Bellini, Filial (hein?), Papo, Pinga e Petisco (é um bar só) e Loveland.

Dica interessante no Josimar: Osteria Don Bosseggia (firme e forte!) oferece menu especial da Sicília por R$ 83, incluindo coelho o vinho tinto com polenta [saliva], o mesmo que eu comi e amei no Venitucci.

E o Havanna Café está trazendo sorvetes de doce de leite, hmmmmmm! São seis sabores, incluindo alfajor com doce de leite, já pensou?

No Guia do Estadão, Saul Galvão mostra o restaurante do Buddha Bar, a cargo da Bel Coelho. Gostei da descrição dos pratos, mas sorry, não dá pra encarar uma Vila Daslu (o que é isso mesmo), ainda mais com aqueles preços.

Bares

O Estadão dá uma super colher de chá para o recém aberto Bar Sabiá, dos mesmo donos do Ó do Borogodó (minha amiga Mari vai gostar). Mas a descrição não me impressionou nem um pouco.

Deu vontade mesmo de visitar a exposição EveryBares (nome sensacional), no Edifício Altino Arantes, a torre do Banespa (10h-17h). São 44 bonecos em tamanho natural simulando a freguesia de botecos paulistanos. Agora, pense nesse programa para um dia útil de férias: exposição no saguão, depois sobe lá no alto da torre (a vista é sensacional, e GRÁTIS), depois tomar umas várias no Salve Jorge, ali na frente? Babei.

Já a Folha abre os bares com um mini roteiro de drinks com pimenta, do Obá, Rey Castro e Escape (esse eu nunca tinha ouvido falar). Tô fora.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

La Pignatta

No último dia, o objetivo era conhecer um dos italianos. Com tantos conterrâneos da Marcella Hazan circulando pela cidade, havia de encontrar um bacana. Depois da pesquisa porta a porta, ficamos com o La Pignatta (r. do Comércio, 8), que era o indicado do Guia Quatro Rodas e tinha o melhor preço.

A bruschetta de tomates frescos estava super correta, só sentimos falta das folhinhas de manjericão, mas o pão italiano feito na casa era excelente. Meu spaghetti al maré estava muito gostoso, a Raca não curtiu muito o risotto com o mesmo molho.

Dicas: eles dizem que o risotto leva 40 minutos, mas como a casa estava vazia, veio em 25. E os pratos são bem fartos. Se você comer a bruschetta antes, dá para dividir o spaghetti.

Do cardápio, deu vontade de provar o spaghetti al cartoccio, com camarões VG (o que quer dizer essa sigla?), vongole e lula, a R$ 80 para duas pessoas.

Só um ponto negativo: vinho em taça, só tinto, e quente. Como diz uma amiga minha, quando se diz que é para beber vinho tinto à temperatura ambiente, é do ambiente lá da França, não dos 35º C do litoral fluminense!

Atualizado em 11/01: A Fê, minha a amiga chef, informa: "Camarões VGs são muito grandes, com três deles se faz um prato. Também podem ser chamados de camarões 10, pois invariavelmente dez unidades deles pesam um quilo. Tanto que em fornecedores você os compra por unidade e não por peso. São deliciosamente caros". Tks!

Arpoador


No primeiro dia, a decisão era provar o falado camarão casadinho. E Paraty permite fazer uma coisa impensável em São Paulo: pesquisa de restaurantes porta a porta. Imagine dar uma olhadinha no Spot, depois checar o DOM e espiar o Mestiço. Duas horas depois, sua noite vai terminar num hamburger do A Chapa.

Em Paraty, tudo fica no centrinho, e todos as casas têm cardápio na porta. Depois de verificar uns três ou quatro, escolhemos o Arpoador pelos preços e pelas mesinhas (bambas) na calçada, e pelo camarão casadinho, claro. Pois o danado estava em falta. Mas, apesar da cerveja Itaipava em lata nem sempre gelada, a casquinha estava exata e a moqueca de peixe com camarõezinhos, a uns R$ 55 (para dois), estava perfeita. Com a vantagem difícil de igualar: fica quase na frente da bombonière da Maga.

Arpoador
R. da Matriz, 07

Bombom da Maga

No tour de restaurantes em Paraty, esqueça a sobremesa do cardápio, o petit gateau, o tiramisù. Pague a conta e siga para a rua da Matriz: bomboniére da Maga. Peça seu bombom de brigadeiro, um café expresso Lavazza (de maquininha, perfeito), e sente-se no banco de madeira na calçada. Uma mordida do bombom, um gole do café (sem adoçante, sem açúcar), olhos fechados... É o caso de se ajoelhar e pedir perdão a deus-nosso-senhor-todo-poderoso.

As fotos da Maga com Jô Soares, Carolina Dieckman e Adriane Galisteu na porta chamaram a atenção. E o bombom de brigadeiro, indicado como superstar da casa, honra sua reputação por apenas R$ 3. Pense num brigadeirão perfeito, só que achatado e, no lugar do granulado, uma “embalagem” fininha de glacê branco. Uma coisa inesquecível. Tem também o bombom de coco – recheio de coco ralado com leite condensado, e cobertura de chocolate mesmo.

Traçar seu bombom in loco é uma experiência inigualável, mas não resisti e pedi alguns para viagem no último dia. Sem querer fazer inveja, ainda tem um na geladeira me esperando...

Bombom da Maga
R. da Matriz, 10
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Cervejaria Caborê


Completou um ano no último dia 31/12 a cervejaria Caborê, que fica junto à pousada Villas de Paraty, do mesmo dono (um paulista, aliás). Eles produzem um delicioso chope tipo pilsen, servido apenas no bar da cervejaria e em uns poucos restaurantes da cidade (A Teresa e A Luzia, por exemplo). O chope é meio turvo, tem cor e um leve sabor de caramelo, bem tirado, com colarinho na medida.


Conhecemos por acaso no A Luzia, um argentino meia boca que só valeu por esse fabuloso achado. Gostamos tanto que topamos a caminhada até a cervejaria, que fica do outro lado do rio (melhor ir de carro). O barzinho é muito simpático, e lá eles servem também a versão escura, na verdade avermelhada, meio adocicada, uma delícia. De segunda a sábado, dá para visitar a fábrica (fomos no domingo). Por R$ 5, você leva pra casa um kit de 6 bolachas com a coruja que dá nome à cervejaria.


Deu vontade de, na próxima ida a Paraty, pegar um quarto na pousada, só para todo final de tarde abrir os trabalhos com uma caldereta de Caborê, antes de nos jogarmos em algum restaurante do centrinho histórico.


Clipping BB - 10/01/08

Esculturas de açúcar
Perfil da acreana Jane Araújo, que ganha a vida fazendo figuras em açúcar na Espanha. "Hoje pertenço à "alta-costura" dos bolos e faturo muito dinheiro", diz a modesta doceira. Mais detalhes no site dela: http://www.artesinlimites.es/. Leia mais na Folha (para assinantes).


Crítica: Genova
Josimar Melo apresenta restaurante de Pinheiros aberto em 2003. "Sua cozinha italiana tem o gosto da simplicidade (que combina tão bem com ela) e uma aura de coisa feita com paixão, com cuidado". Gostei, quero ir! Leia mais na Folha (para assinantes).

Bom e Barato: São Paulo I
O tradicional restaurante das Praças de Alimentação ganha um espaço com mesinhas e garçons no Shopping Pátio Higienópolis. Leia mais na Folha (para assinantes).

Notas
Começou a promoção de vinhos da Mistral! Eba. E festival de pratos com ervas na Le Casserole. Hmmmmm.... Leia mais na Folha (para assinantes).

Vinhos
Jorge Carrara apresenta os vinhos verde e indica o Palo Alto Reserva, da Expand, a R$ 29. Leia mais na Folha (para assinantes).

Nina Horta: Quando passar do ponto é bom...
Leia mais na Folha (para assinantes).

Não é uma salada qualquer
"Aproveitando os dias quentes, sempre menos propícios a banquetes calóricos, Paladar foi em busca das mais diversas receitas nacionais e internacionais, clássicas e contemporâneas". Um box apresenta a Salad Creations, franquia americana em que o cliente escolhe os ingredientes. A primeira está no Shopping Pátio Higienópolis, e eles prometem abrir 50 lojas em sete anos. (comentário meu: é a onda fast food light, que o Wraps está surfando super bem. A conferir). Boas dicas para preparar saladas mais interessantes, inclusive a deliciosa Granola Salgada, do Wraps (que ainda vamos fazer em casa...). Leia mais no Estadão (para assinantes).

Nobre renascida
Coluna do Saul Galvão enfoca a Carmenère, e apresenta quatro boas opções de garrafas chilena com essa uva (um é da Vinci! vou comprar!). Leia mais no Estadão (para assinantes).

A descoberta brasileira do gerlado
Dias Lopes conta a história da chegada do sorvete no país. Leia mais no Estadão (para assinantes).

Lust Vintage
Eisenbahn lança versão envelhecida de sua cerveja que é produzida como champagne. Leia mais no Estadão (para assinantes).

Mais promoção de vinhos
Estadão apresenta liquidação da Expand e da Grand Cru. E a Mistral? E por que a Folha ignorou as outras importadoras? Leia mais no Estadão (para assinantes).