sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Palagetto Vernaccia di San Gimignano Santa Chiara

O restaurante de ontem só valeu pelo vinho, agradável descoberta: o Vernaccia de San Gimignano, da vinícola Palagetto, um branco toscano desse lugarejo chamado San Gimignano. "O melhor vinho branco toscano, é vinificado com uma variedade de uvas do mesmo nome. Um vinho fresco com um sabor de amêndoa e de textura suavemente oleosa", diz a Enciclopédia do Vinho. À venda na Vinea Store por R$ 52.

PS: Pelas fotos, parece que esse vilarejo mediavel (patrimônio da Unesco) é obrigatória no nosso futuro roteiro toscano... Ô, delícia.

Só velha guarda

É promessa: não damos mais uma garfada nessas novidades do roteiro antes de terminar a lista dos medalhões da gastronomia paulistana. Houve um tempo em que a gente se propôs a expedições aos mais badalados, e daí surgiram coisas bacanas, como o Lola Bistrot. Mas depois de duas tentativas muito frustradas, decidimos só gastar nosso dinheirinho com o que realmente interessa.

O desperdício de ontem foi o tal do Chakras, um desses "jantar antes da balada nos Jardins", ou seja, o que fomos fazer lá mesmo? Bom. Cardápio exagerado, comprido, difícil (fora o acabamento luxuoso, tenho certeza que um terço do preço do prato é pra pagar aquele cardápio...). Ambiente... indonésio? Árabe? Sei lá. Meio over, mas tava tudo bem até chegar a comida. Nem vou perder o meu e o seu tempo descrevendo. Só vá lá se você: for de fora de São Paulo, estiver fazendo compras na nossa Beverly Hills (circuito Melo Alves/Bela Cintra/Oscar Freire) e quiser encerrar a noite num lugar suuuper da moda (tem até pista de dança). Repetindo: o que fomos fazer lá mesmo?

Para registro, o desperdício anterior tinha sido no badaladésimo Boa Bistrot. Corra! Para o Procon, contra as resenhas dos guias deslumbrados! Fomos enganados!

Começa aqui então a lista dos obrigatórios, que vamos cumprir liturgicamente. Se esquecer algum, entra depois.
  • Ca'd'Oro
  • Carlota
  • Charlô
  • Chef Rouge
  • D.O.M.
  • Fasano
  • Freddy
  • La Casserole
  • Le Coq Hardy
  • Massimo
  • Pomodori (é medalhão já? mas eu quero conhecer, vai...)
  • Rubaiyat

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Guioza

Comprei pela primeira vez aquelas bandejinhas de Guioza pronto. Foi no Marukai, sensacional supermercado de produtos orientais na Liberdade. Mas os danados vêm sem instrução! Então misturamos uma receita do Mais Você com um programa do Oliver que a Raca assistiu. Fácil, gostoso e light:

Ingredientes:
Bandeja de guiozas
Óleo de gergelim (sempre legal de ter em casa, dá um gostinho oriental em qualquer refogado)

Preparo:
Aqueça o óleo de gergelim numa frigideira grande e doure os guiozas por alguns minutos
Coloque um pouco de água e tampe a frigideira
Deixe os guiozas cozinharem no vapor por uns 15 minutos.

Molho para mergulhar os guiozas:
Coloquei shoyu, um pouco de limão, sal e pimenta.

La salsiccia

Já achei nosso passeio gastronômico de sábado: Gijo Lingüiças. Supostamente uma das melhores lingüiças da cidade. Com todo respeito, adoro uma lingüicinha. Pode ser a tradicional toscana no churrasco, ou pedacinhos dela num molho de tomate (hmmmm...), ou de javali com polenta no Friccó (saliva...).

Aliás, foi o Sauro Scarabotta, do Friccó, quem me falou pela primeira vez do Gijo. No livro da Marcella Hazan (merecerá post só para ele), ela fala muito em uma linguiça (que em italiano é salsiccia mesmo) chamada luganega. Consta que é parecida com a que a gente conhece como toscana, mas não é exatamente a mesma coisa. Eu perguntei pro Sauro sobre a luganega, e ele indicou o Gijo para encontrar boas lingüiças. Agora preciso achar uma boa receita com lingüiça para justificar as compras.

Gijo
Rua Dr. Pinto Ferraz, 16 - Vila Mariana - (11) 5579-2935 / 5904-3694
Ref.: Altura do N: 3404 da Rua Vergueiro

Takô

Alguém por favor indica um japonês na Liberdade que seja tão bom quanto o Takô, mas que não seja o Takô? Depois que o Kinoshita fechou (Katsuki informa que reabre 30 de outubro, ieba), ficamos "só" com essa opção. Não que seja uma opção sofrida... Tudo o que eles fazem é bom, e não é um Jun Sakamoto na hora da conta. Aliás, acho bem razoável o preço pela qualidade. E a gente já conhece o cardápio, não tem muito erro. Ontem mandamos nossos favoritos:
  • Shimeji com legumes, lula e peixe: eles fazem uma espécie de travesseiro de alumínio e metem tudo lá com sake e shoyu. Aquilo estufa, e você estoura quando chega na mesa. Genial, quero testar em casa.
  • Combinado Bara: no cardápio, é tudo salmão. A gente faz um leve ajuste: troca as 15 fatias de sashimi de salmão por 5 de salmão, 5 de atum e 5 de peixe branco e troca o uramaki de salmão por uramaki de salmão skin com molho treiyaki. Ban chá no final e cama! (fica a 5 minutos de casa...)

O bar de robatas é ótimo também se estiver com mais gente. E fica aberto a madrugada toda, todos os dias.

Takô
R. da Glória, 746 - Liberdade - (11) 3209-0134

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Nova compra na Mistral

Novidades colhidas na Mistral sábado, depois conto o que deu:

Peguei também seis garrafinhas de 187 ml do Carmen Classic Cabernet Sauvingon, como estava querendo fazer há muito tempo. Dá mais ou menos uma taça e meia, ideal para aquele jantar de meio de semana. O vinho é recomendado como "good value", veremos.

Quinta da Lagoalva Rosé 2006

Segunda vez que compramos esse rosé delicioso da Mistral. Não estou achando no site, mas encontrei sábado lá na R. Rocha (US$ 33, se não me engano). Bem refrescante, excelente aperitivo. E a garrafa é linda!

La Rita all'Osteria dei Venitucci

Dica de restaurante quentíssima. É uma surpresa deliciosa no lugar mais improvável da cidade. Vicenzo Venitucci, um senhor italiano de 70 anos que mora há 20 no Brasil, comandava a Casa Venitucci, em Perdizes, e já foi um dos mais festejados restauranteurs de São Paulo. A casa fechou, mas seu Vicenzo reabriu recentemente... no Piqueri!

Numa avenida feiosa, entre oficinas mecânicas e lojas de carro, fica o pequeno galpão onde se come, seguramente, uma das melhores comidas italianas da cidade. Quem topar a aventura (na verdade, é até simples de chegar), não se arrependerá.

Antes de começar a nos servir seus pratos primorosos, seu Vicenzo fez um discurso: "Me mudei porque precisa fazer alguma coisa pela gastronomia paulistana, contra essa guetização. Hoje em dia não tem mais sabor, é só visual. Visual em vejo no Masp, no MAM" (reprodução livre). Não é para se apaixonar?

Ao que interessa. Comi:
  • Antipasto 1: mix de crostinis. Inacreditável molho de fígado de galinha sobre quadradinhos de polenta grelhada. Esse eu vou tentar em casa.
  • Antipasto 2: língua de boi fatiada com fio de pesto. Minha primeira vez com a língua, voltarei a ela.
  • Prato: taglietelle com o autêntico ragu bolognese. O melhor macarrão à bolonhesa da minha vida. Molho com pouco tomate (ou nenhum?), com carnes variadas picadas em ponta de faca. Para comer ajoelhado. Deve ser igual à receita da Marcella Hazan.

A sobremesa estava bem fraquinha, mas o deslize passou despercebido diante da experiência sublime que foi o almoço. Seu Vicenzo, como diria o outro, é uma "pessoa". Me elogiou porque levei um vinho rosé (Quinta da Lagoalva). E quando eu pedi o coelho com polenta (hmmmm), saiu-se com essa: "o coelho sabia que você ia pedir, e fugiu".

É pouco dizer que é a melhor relação custo-benefício em matéria de comida italiana da cidade. Vai entrar para os meus 10 melhores (em construção).

La Rita all'Osteria dei Venitucci
Av. Gen. Edgar Facó, 1.127, Piqueri, tel. 3976-0130

Mais:

  • Texto do Blog do Josimar Melo de onde tirei a dica
  • Pesquisando agora, descobri que seu Vicenzo está por trás do cardápio do chiquésimo restaurante L'Altra Toscana, em Brasília. Mais aqui.